por Heitor Mazzoco
O relógio da redação está com os dois ponteiros no número doze. Horário de entrada e mais um dia de trabalho. Sem tempo para ver as manchetes dos jornais, sou surpreendido por uma repórter que pede para que eu a substitua em uma entrevista. Sem titubear, aceito.
O tempo começa a correr sem parar quando estamos próximos de uma entrevista. Será que o entrevistado realmente nos espera? Será que vamos ter problemas? Será que estou ciente do assunto? Essas perguntas cruciais são as principais preocupações de um repórter, mas esquecemos que uma entrevista que pode ser chamada de “qualquer” ou “mais uma”, pode revelar situações surpreendentes.
Foi assim que no dia 29 de janeiro de 2010, conheci uma pessoa preocupada com os problemas sociais que enfrentamos. Um médico com especialização em homeopatia, pesquisou, testou e descobriu um dos antídotos mais esperados pelo nosso povo.
No alto de seus prováveis 50 anos, atendendo em um laboratório simples (quadros coloridos, cama hospitalar com lençol quadriculado, fotos pessoais por todos os lados), Doutor Renan descobriu a cura da “dengue”. Não pense que isso foi descoberto ontem, semana passado ou mês passado. Desde 2006, o médico tem em mãos o remédio que já poderia ter ajudo milhares de pessoas. Em 2007, o governo municipal de Rio Preto distribuiu gratuitamente o remédio que, comprovadamente, salvava pessoas até com dengue hemorrágica.
O que foi recebido com alegria pelo povo, logo se tornou um grande problema. Até o momento, grande parte do Brasil não sabe da existência do remédio. O que nos leva a pensar que de alguma forma, alguém ou alguma instituição, aparentemente não quer o medicamento em nossas mãos. Para que tentar “bloquear” alguém que fez uma grande descoberta em prol da população? Respostas que todos querem saber. Enquanto o remédio não é devidamente testado e colocado no mercado, continuaremos assistindo idosos, adultos e crianças morrendo “a mercê” nas intermináveis filas de hospitais.
A manipulação que todos nós permitimos até hoje, faz com que grupos nunca descobertos, ou melhor, sempre acobertados, transformem nossas vidas em peças de xadrez manipuladas em um tabuleiro sem regras. Antes de qualquer “revolução” política, deveríamos conceder espaço à “revolução” ética.
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